Frequentemente nos perguntam se nas viagens da DescobrindoElas as experiências de autoconhecimento são religiosas. Nós sempre esclarecemos que são convites à espiritualidade, ou seja, são momentos para cuidarmos da nossa vida espiritual, não necessariamente sobre um dogma, mas aquela partezinha mais funda da nossa alma.
Nós não temos uma religião.
Já conhecemos algumas. Eu, Tami, principalmente, já busquei muito por respostas nos lugares que me disseram ser a casa de Deus. Hoje, encontro Deus(a) em todos os lugares, as vezes onde menos espero.
Como nesses dias, aqui em Lombok, na Indonésia, em que muçulmanas quiseram tirar fotos com a gente na praia (até de biquini), ou na última semana em que, sem planejar, conhecemos uma mesquita, e, por “coincidência”, invadimos um casamento tradicional muçulmano.
Entrei com medo, medo de ser inadequada, de atrapalhar, de ser julgada, de não estar com as roupas adequadas. Medo de tanta (des)informação que absorvi sobre esse povo.
O medo durou 2 minutos, até as crianças nos cercarem, querendo saber nosso nome, tirar fotos, ficar pertinho da gente.
Momentos depois, o casamento acabou e tiramos fotos com os recém casados e a família. Fomos muito bem recebidas, principalmente pelo recepcionista da mesquita.
Olhando nos olhos deles, a alegria e a curiosidade (provavelmente a mesma que a nossa), lembrei de Deus(a).
Senti fé.
Fé que as diferenças podem sim nos conectar.
Não foi preciso uma palavra, eu não falava o idioma deles, tão pouco eles o meu, mas amor é uma língua universal né?
E quando falamos de amor, falamos de espiritualidade. E amor, essa é a nossa religião.
Ainda estamos aprendendo sobre ela, e temos muuuuito a aprender…
Mas não temos pressa, as viagens têm sido ótimas guias, e, através de cada povo, cada viajante, cada lugar, lembramos um pouco mais que Deus(a) que habita em nós, aqui e em qualquer canto do mundo!
Faz sentido pra você?
